Louro

O vitorioso louro

• O louro é da espécie “Laurus nobilis” do latim “laurus”, “vitória”, e “nobilis” vem de “nobre”.
• Dedicado ao Deus Apolo, deus olimpiano da profecia e oráculos, música, canto e poesia, arco e flecha, cura, praga e doença de meninos, e a proteção dos jovens.
• Erva usada para pelas sacerdotisas em Delfos para auxiliar na entrada no estado alterado de consciência.
• Eram usados ramos de louro em navios para proteger a viagem contra imprevistos e tempestades.
• O louro se tornou símbolo de vitória entre gregos e romanos. Originou o termo “laureado” e a expressão “colher os louros da vitória” para situações de glória e sucesso.

O mito de Apolo e Dafne

• Segundo o mito grego tardio trazido por Ovídio na sua obra Metamorfoses, o louro surgiu pela metamorfose da ninfa naiade Dafne (em grego Δάφνη significa “loureiro”) que fugia de Apolo, que estava apaixonado por ela sem ser correspondido.
• A ninfa Dafne foi transformada em árvore por seu pai Peneos por ver a filha desesperada fugindo de Apolo.
• Ao ver a amada transformada em árvore, ele chorou e usou suas folhas para ornar sua lira e seus cabelos. Com isso, Apolo faz com que as folhas de louro sejam sempre verde e não percam seu aroma mesmo após colhidas.
• A erva se tornou um símbolo de eternidade por serem sempre verdes, sendo pendurada em guirlandas nas portas de casas para atrair boas energias.
• Existem debates sobre os especialistas em mitologia e história antiga que argumentam que Dafne é uma deusa anterior a Apolo e seria uma sibila de Gaia, incluindo práticas de dafnomancia como prática oracular, sendo a primeira pitonisa.
  

Louro (Laurus nobilis)

• Origem: Sul do Mediterrrâneo.
• Outros nomes: loureiro, louro, sempre-verde, loureiro-ordinário, loureiro-dos-poetas, louro-comum, laurel (Ingles). bay tree (inglês), laurel (espanhol), alloro (italiano), laurier sauce (francês), lorbeer (alemão).
  

• Óleo essencial
  • Ao todo, foram identificados 55 compostos, responsáveis por 91,6% do óleo essencial total. Os principais componentes foram 1,8-Cineol (31,9%), sabineno (12,2%) e linalol (10,2%).
    
• Usos medicinais
  • Atividade inseticida, ação anti-parasitária contra piolhos e ácaros, atividade protetora da mucosa gástrica, atiividade inibitória da absorção do álcool pelo organismo, atribuindo potente ação preventiva sobre intoxicação alcoólica aguda. A planta possui atividade anticonvulsivante e antiepilética.
  • Contra-indicações: grávidas, lactantes, crianças menores de 6 anos, pessoas com gastrite, úlceras gástrica ou duodenal, colite ulcerativa, doença de Chron, hepatopatias, epilepsia e doença de Parkinson.
  • Receita:
    • Infusão: 1 colher (sobremesa) de folhas picadas para 1 xícara de água fervente. Tomar 1 xícara antes das refeições.
    • Decocção para uso externo: 5 colheres (sopa) de folhas picadas em 1 litro de água. Ferver por 10 minutos; é indicado banho de imersão por 15 minutos como antisséptico para a pele, como relaxante muscular contra mau cheiro dos pés e no combate a fungos, parasitos e suor.

Cultivo

• Ciclo de vida: perene;
• Tamanho: 10 m;
• Luz: meia sombra;
• Substrato: solo bem drenado (1/3 areia e 2/3 orgânico);
• Água: rega média;
• Plantio: Inverno;
• Floração: Primavera;
• Perfumada: Sim;
• Propagação por alporquia
  
• Cuidado com fungos e cochonilhas.
• Espaçamento entre covas (40×40 cm) de 1,2 m;
• Podem viver cerca de 5 anos em jarros.

Correspondências

• Gênero: Masculino;
• Planeta: Sol;
• Elemento: Fogo;
• Tarot: O Sol, O Carro.
  
• Proteção, purificação, prosperidade, vitória e sucesso.
• Escrever na folha um pedido e queimar.
• Presenteie com ramos de louro pessoas que estão conquistando ou em busca de conquistar algo importante em suas vidas.
• Honra a Apolo.
  
• Cozinha mágica:
  • Folhas inteiras desidratadas em molhos de massas, arroz e feijoadas;
    
• Outros usos:
  • Planta em natura no jardim;
  • Defumação com a erva;
  • Banho mágico com a erva;
  • Vestir a vela com a erva em pó;
  • Sachê ou guirlandas com a erva para usar como amuleto;
  • Óleo essencial na aromaterpia ou produtos estéticos.
    

# As informações aqui não substituem a consulta médica.

Referências

1. Patrakar, R., Mansuriya, M., & Patil, P. (2012). Phytochemical and pharmacological review on Laurus nobilis. International journal of pharmaceutical and chemical sciences, 1(2), 595-602.
2. Tempero de bruxa. Disponível em <https://temperodebruxa.com.br/louro-propriedades-magia-beneficios/> Acessado: 26/12/2021.
3. Horto Didático. Disponível em <https://hortodidatico.ufsc.br/louro/> Acessado: 26/12/2021.
4. Revista Globo Rural. Disponível em <https://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/como-plantar/noticia/2014/01/como-plantar-louro.html> Acessado: 26/12/2021.
5. Caputo, L., Nazzaro, F., Souza, L. F., Aliberti, L., De Martino, L., Fratianni, F., … & De Feo, V. (2017). Laurus nobilis: Composition of essential oil and its biological activities. Molecules, 22(6), 930.
6. Apollon. Disponível em <https://www.theoi.com/Olympios/Apollon.htmll> Acessado: 28/12/2021.