III milênio AEC – Povoamento da Itália pelos arianos, também chamados de italiotas;
Século VIII AEC – Os gregos ocupam o sul da Itália e os etruscos o norte;
753 AEC – Fundação de Roma, segundo a tradição;
640 AEC – Roma passa a ser governada por reis etruscos;
509 AEC – Deposição de Tarquínio, o Soberbo, em Roma e implantação da República.
A Península Itálica apresenta três regiões bem distintas: a Cadeia dos Alpes e a Planície do Rio Pó ao norte; a Cadeia dos Apeninos, que percorre a península de norte a sul; e as planícies costeiras da Apúlia, Lácio e Campânia.
Os primeiros povos da Itália eram povos autóctones; seu estágio de desenvolvimento era muito rudimentar quando começaram a chegar os arianos.
Os italiotas ocuparam a parte central, subdividiram-se em várias tribos;
Os gregos fixaram-se ao sul da Itália, onde fundaram numerosas colônias;
Os etruscos, provavelmente originários da Ásia, ocuparam o norte;
A confederação de cidades etruscas expandiu-se em direção ao norte e para o sul até a Campânia, onde chocou com os gregos.
A origem de Roma pode ser interpretada através de lendas.
Virgílio atribuiu a fundação de Roma a Rômulo e Remo, descendentes de Enéas, herói de Tróia;
Historicamente, podemos deduzir que Roma se originou de um forte construído por latinos e sabinos às margens do Rio Tibre.
A evolução histórica de Roma no período monárquico não pode ser determinada com exatidão, pois depende da interpretação das lendas.
Essas lendas contam a integração de latinos e sabinos a vitória dos romanos sobre Alba Longa e os principais acontecimentos durante os governos dos sete reis.
Pelas lendas ficamos sabendo que os quatro primeiros reis eram sabinos e latinos, e os três últimos, etruscos.
A lenda da casta Lucrécia explica a implantação da República e a deposição de Tarquínio, o Soberbo.
A organização econômica, social e política de Roma na fase monárquica era muito simples.
A economia baseava-se nas atividades agropastoris; a terra era a riqueza fundamental.
A sociedade dividia-se em patrícios (a aristocracia), clientes e plebeus;
O poder era exercido pelo rei, com o auxílio do Conselho dos Anciãos (Senado) e da Assembléia Curiata.
Período Republicano
Ocorreu entre 509-27 AEC;
Datas e fatos essenciais:
494 AEC – Primeira revolta da plebe. Criação do cargo de Tribuno da Plebe;
471 AEC – Surge a Assembléia da Plebe, para eleger os tribunos;
454 AEC – Três patrícios vão a Atenas estudar as leis;
450 AEC – Segunda revolta da plebe. Codificação da lei das XII Tábuas;
449 AEC – Primeiro ditador plebeu;
445 AEC – Terceira revolta da plebe. Lei Canuléia, permitindo o casamento entre patrícios e plebeus;
367-366 AEC – Quarta revolta da plebe;
367 AEC – A plebe conquista o direito ao Consulado;
366 AEC – A Lei Licinia extingue a escravidão por dívida;
337 AEC – Primeiro pretor plebeu;
332 AEC – Primeiro censor plebeu;
327 AEC – Primeiro procônsul plebeu;
300 AEC – Primeiro pontífice plebeu;
287-286 AEC – Quinta revolta da plebe;
287 AEC – O plebiscito passa a ter força de lei.
Na sua origem, a República romana era essencialmente aristocrática; durante as lutas entre patrícios e plebeus, ela atingiu um estágio mais democrático;
As principais instituições políticas da República eram: senado, magistraturas e assembléias.
No início, o Senado era composto pelos chefes das grandes famílias; depois, seus membros eram escolhidos entre antigos magistrados, com base na lista (Álbum Senatorial) preparada pelos censores;
O poder do Senado era praticamente universal, estendendo-se à administração, à legislação interna, às relações exteriores e aos problemas religiosos.
Os principais magistrados eram o cônsul e o ditador, comandantes do exército romano;
Abaixo do cônsul apareciam os seguintes magistrados: pretores, censores, edis e questores;
A Assembléia Centuriata era uma reunião do exército, dividida em centúrias, que votava as principais leis do Estado.
A Assembléia Tribunícia, muito menos importante, reunia-se na cidade; cada tribo tinha um voto;
A luta entre os patrícios e os plebeus em 494 AEC, só terminou por volta de 286 AEC. No fim desse período, os plebeus tinham conseguido uma certa igualdade de direitos em relação aos patrícios.
A primeira revolta da plebe ocorreu em 494 AEC, quando os plebeus de Roma se retiraram para o Monte Sagrado, e resultou na criação do Tribuno da Plebe.
A segunda revolta aconteceu em 450 AEC, quando os plebeus exigiram a redação da lei, que foi então codificada em 12 tábuas de bronze.
A terceira revolta, em 445 AEC, terminou com a criação da Lei Canuléia, que permitia o casamento entre patrícios e plebeus.
A quarta revolta resultou na Lei Licinia Sextia, que praticamente aboliu a escravidão por dívida e abriu aos plebeus a participação no Consulado.
Durante a quinta revolta (287-286 AEC), foi conseguida a vitória mais importante, quando o plebiscito passou a ter força de lei.
A luta da plebe foi longa e penosa, mas gradativamente foi conquistando o direito à participação em todas as magistraturas da República, da Ditadura ao Pontificado.
Período Imperial
Ocorreu entre 27 AEC – 476 EC;
Datas e fatos essenciais:
395 AEC – Conquista da cidade etrusca de Veios;
395 AEC – Conquista da cidade etrusca de Veios;
387 AEC – Destruição e saque de Roma pelos gauleses;
335 AEC – Submissão dos povos latinos aliados;
275 AEC – Vitória sobre Pirro, rei do Épiro;
272 AEC – Ocupação de Tarento pelos romanos;
265 AEC – Anexação da Etrúria
264 AEC – Início da Primeira Guerra Púnica;
241 AEC – Roma derrota a esquadra de Cartago nas Ilhas Égates;
218 AEC – Início da Segunda Guerra Púnica. Aníbal vence os romanos em Trébia;
217 AEC – Aníbal derrota os romanos no Lago Trasimeno;
216 AEC – Aníbal derrota os romanos em Canas;
207 AEC – Os romanos vencem Asdrúbal na Batalha de Metauro;
202 AEC – Scipião vence Aníbal na Batalha de Zama;
200 AEC – Os romanos invadem a Macedônia;
190 AEC – Vitória sobre o Rei Antíoco III, da Síria;
168 AEC – Os romanos dominam a revolta de Perseu, filho de Filipe V, da Macedônia;
150 AEC – Início da Terceira Guerra Púnica;
146 AEC – Destruição de Cartago por Scipião Emiliano. A Macedônia e a Grécia tornam-se províncias de Roma;
133 AEC – Scipião Emiliano destrói a cidade de Numância, dominando a Espanha. Átalo deixa seu reino de Pérgamo em herança aos romanos. Tibério Graco é eleito tributo da plebe e inicia a reforma agrária;
132 AEC – Tibério é eleito para um segundo mandato de tribuno;
123 AEC – Caio Graco é eleito tribuno pela segunda vez;
122 AEC – Terceiro tribunato de Caio Graco;
121 AEC – Caio Graco suicida-se e seus partidários são liquidados;
120 AEC – Os romanos anexam a Gália Narbonesa;
século I AEC – Os romanos conquistam o Ponto, a Bitínia, a Síria, o Egito e toda a Gália.
A primeira etapa das conquistas romanas consistiu na dominação da Península Itálica;
As colônias povoadas por cidadãos romanos mantinham os vencidos na confederação do Estado romano. A comunidade militar da Itália compunha-se: De cidadãos de Roma e dos territórios romanos bem como dos cidadãos romanos das colônias e das tribos latinas que também receberam a cidadania romana; De comunidades cujos membros tinham o direito de cidadania romana incompleta; De aliados autônomos que reconheciam a hegemonia de Roma.
O êxito dos romanos nas guerras de conquista é explicado sobretudo pelas excelentes qualidades de seu exército;
A maior guerra de conquista travada pelos romanos foi contra Cartago; foram as guerras púnicas, em número de três, que se estenderam por mais de um século.
A conquista da Região do Mediterrâneo Oriental foi completada depois de uma rápida sucessao de campanhas.
107 AEC – Primeiro consulado de Mário.
106 AEC – Mário termina a conquista no Reino de Jugurta, na África;
104 AEC – Mário realiza a reforma do exército;
105-100 AEC – Mário exerce seis consulados sucessivos;
91-88 AEC – Guerras Sociais;
88 AEC – Sila recebe o comando do exército contra Mitridates; Mário toma Roma;
86 AEC – Mário morre, durante o sétimo consulado;
82 AEC – Sila retorna vitorioso e vence os partidários de Mário;
79 AEC – Sila renuncia a vida pública, depois de restaurar o poder da aristocracia;
O primeiro grande reformador romano foi Tibério Graco, que exerceu seu primeiro tribunato em 133 AEC.
Caio Graco retomou as teses de seu irmão, dando-lhes maior alcance.
As sucessivas guerras promovidas por Roma deram destaque a alguns grandes generais, que passaram a exercer a liderança política de Roma;
Sila, lugar-tenente de Mário nas guerras da África, aos poucos passou a disputar o poder de Mário;
Depois de vencer Mitridates, Sila retornou da Ásia, mas teve que derrotar os seguidores de Mário no sul da Itália e tomar Roma pela força.
77 AEC – Pompeu ataca Sertório na Espanha;
73 AEC – Rebelião de Espártaco na Itália;
70 AEC – Pompeu e Crasso assumem o consulado;
67 AEC – Pompeu combate os piratas;
63 AEC – Cícero vence Catilina;
60 AEC – Formação do Primeiro Triunvirato;
58 AEC – César começa a conquista da Gália;
55 AEC – O triunvirato é renovado em Luca;
53 AEC – Morte de Crasso na Pérsia;
49 AEC – Pompeu, em defesa da República, combate César. Batalha de Farsália, na Grécia;
45 AEC – Batalha de Munda, na Espanha;
44 AEC – Assassinato de César;
40 AEC – Divisão do Império pelos triúnviros;
31 AEC – Batalha de Ácio;
30 AEC – Otávio conquista o Egito;
29 AEC – Otávio volta a Roma;
Depois da morte de Sila, vários políticos ambiciosos disputaram o poder em Roma;
Em 60 AEC, César, Pompeu e Crasso formaram o Primeiro Triunvirato;
A ditadura de César em Roma foi marcada pelo acúmulo de títulos, como nunca tinha acontecido antes.
Com o assinato de César, surgiu o Segundo Triunvirato, formado por Otávio, Marco Antônio e Lépido;
27 AEC – Otávio recebe o título de Augusto;
4 AEC – Nascimento provável de Cristo;
1 EC – Início da Era Cristã, de acordo com o monge Dionísio;
14 EC – Augusto morre, deixando o Império consolidado;
14-37 EC – Governo de Tibério;
30 EC – Cristo morre crucificado em Jerusalém;
37-41 EC – Governo de Calígula;
41-54 EC – Governo de Cláudio;
42 EC – Dispersão dos apóstolos pelo mundo;
54-68 EC – Governo de Nero;
64 EC – Incêndio de Roma e perseguição de Nero aos cristãos;
67 EC – São Pedro e São Paulo morrem martirizados em Roma;
68-69 EC – Disputa dos exércitos em torno da sucessão;
70 EC – Tito sufoca uma rebelião dos judeus e destrói Jerusalém;
78-81 EC – Governo de Tito; erupção do Vesúvio;
81-96 EC – Governo de Domiciano;
98-117 EC – Governo de Trajano;
117-138 EC – Governo de Adriano;
138-161 EC – Governo de Antonino Pio;
161-180 EC – Governo de Marco Aurélio;
180-192 EC – Governo de Cômodo;
193-235 EC – Governo dos Severos;
Século III EC – Início da crise econômica do Império Romano;
213 EC – Edito de Caracala, concedendo a cidadania romana a todo o Império;
235 EC – Começa a anarquia militar, após o assassinato de Severo Alexandre;
O Império foi marcado pelo poder de Caio Otávio; mas o imperador procurou disfarçar seu poder, mantendo as aparências do regime republicano;
A administração foi reorganizada, contribuindo para a maior centralização do poder;
A Dinastia Júlio-claudiana teve cinco imperadores;
Os Flávios foram os primeiros imperadores não-romanos, pertencentes à burguesia italiana;
O período de maior esplendor do Império foi o dos Antoninos;
Os Severos governaram com o apoio do exército, desprezando o Senado;
284 EC – Início do reinado de Diocleciano e criação da Tetrarquia;
301 EC – Decreto Edito do Máximo;
303 EC – Começa a última perseguição aos cristãos com Diocleciano;
313 EC – Constantino acaba com o sistema da Tetrarquia e legaliza o cristianismo;
325 EC – Concílio de Nicéia;
375 EC – Os hunos chegam à Europa, vindos da Ásia;
378 EC – O Imperador Valente morre em Andrinopla lutando contra os visigodos;
380 EC – O Imperador Teodósio recebe o batismo, tornando-se cristão;
391 EC – Teodósio oficializa o cristianismo como religião do Império, abolindo o paganismo;
O cristianismo surgiu na Judéia, reino governado por Herodes, aliado dos romanos;
Os apóstolos ficaram encarregados de difundir a doutrina ensinada por Jesus;
As perseguições aos cristãos dentro do Império Romano tiveram várias razões.
Em primeiro lugar, os cristãos opunham-se ao paganismo, chocando-se com os cultos tradicionais dos romanos; por isso, eram considerados responsáveis por todos os males;
Os cristãos não aceitavam o imperador como um deus vivo, nagando-se a cultuá-lo;
Praticavam seu culto às escondidas, em reuniões onde participavam escravos, o que atraía a suspeita das autoridades, temerosas de conspirações e revoltas;
Os cristãos suportavam estoicamente todos os martírios, divertindo os pagãos nos circos;
Em momento de crise econômica e social, as perseguições se intensificavam, funcionando como válvulas de escape para essas pressões;
Nero desencadeou a primeira perseguição; depois ocorreram mais nove, a mais violenta ocorreu no governo de Diocleciano;
Constantino mandou parar as perseguições e legalizou o cristianismo pelo Edito de Milão, introduzindo no Império a liberdade religiosa;
Com Teodósio em 391 o cristianismo tornou-se a religião oficial do Estado; o paganismo abolido.
A definição da doutrina cristã foi lenta, como se pode perceber pela literatura cristã dos primeiros séculos do cristianismo.
395 EC – Morte de Teodósio e divisão do Império Romano em Ocidental e Oriental;
406 EC – Uma onda de bárbaros invade o Império, avançando sobre a Espanha e o sul da Gália;
410 EC – Saque de Roma pelos visigodos;
415 EC – Wallia funda o Reino dos Visigodos;
439 EC – Fundação do Reino dos Vândalos no norte da África;
443 EC – Fundação do Reino dos Borgúndios no Ródano;
449 EC – Os anglos, saxões e jutos ocupam a Bretanha;
450 EC – Os francos se tornam aliados dos romanos na Gália;
451 EC – Átila é derrotado nos campos catalânicos, na Gália;
455 EC – Saque de Roma pelos vândalos;
476 EC – Deposição de Rômulo Angústulo por Odoacro;
488 EC – Teodorico, rei dos ostrogodos, inicia a ocupação da Itália;
Começo do Império Bizantino e a Alta Idade Média;
Uma grave crise econômica começou a abalar o Imperio Romano a partir do século III;
Diocleciano começou a combater a crise através de numerosas reformas;
As invasões bárbaras do século V arruinaram o Império, muito menos pela força dos invasores do que pela fraqueza do próprio Império;
A contribuição cultural dos romanos para o mundo moderno e contemporâneo abrangem muitos campos da atividade humana.
Na ciência, a contribuição foi muito pobre, sobretudo na matemática e nas invenções;
No campo cultural, principalmente na forma de organizar o governo, na língua, na literatura e na arte, a contribuição foi grande;
A maior contribuição foi o Direito Romano, cujo estado é ainda hoje fundamental em todas as escolas de Direito.
Referências
Resumo retirado do livro Arruda, J. J. A. (1942). História Antiga e Medieval. 5 ed. São Paulo: Ática, 1982.
Ribeiro Jr., W. A. (2010). Hinos homéricos. São Paulo: Unesp.