Os escorpiões fazem parte do Filo Artrópoda, Subfilo Chelicerata, Classe Arachnida e ordem Scorpiones.
De maneira geral, os pertencentes a Classe Arachnida possuem corpo dividido em cefalotóraz (prossomo) e abdômen (opistossomo), possuem 4 pares de pernas e apêndices na parte da frente do corpo especializados em manipular o alimento (pedipalpos).
No Brasil, os principais causadores de acidentes são:
Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus).
Escorpião-marrom (Tityus bahiensis).
Escorpião-do-nordeste (Tityus stigmurus).
Escorpião-grande (Tityus cambridgei).
Escorpião-preto (Tityus metuendus).
Escorpião-do-nordeste (esquerda) e escorpião-amarelo (direita)
Escorpião-marrom.
Curiosidades sobre os escorpiões
Recebe o signo solar de Escorpião quem nasceu entre 23 de outubro e 21 de novembro.
Os escorpiões possuem exoesqueleto sensível a luz ultravioleta, ficando de cor verde fluorescente quando expostos a essa luz.
Escorpião exposto a luz ultravioleta.
Gigante Skopios
Skopios (grego Σκορπιος, transliteração Skorpios, romano escorpião) foi um escorpião gigante enviado por Gaia a Terra para mater o gigante Órion quando ele ameaçou matar todas as feras do mundo. Skorpio teria picado Órion com seu ferrão
Órion era um caçador poderoso e destemido e Gaia é a deusa da terra e protetora dos animais, por isso ela se irou quando Órion ameaçou a criação da deusa.
Órion e o Escorpião foram posteriormente colocados entre as estrelas como as constelações do mesmo nome. Os dois oponentes nunca são vistos no céu ao mesmo tempo – pois à medida que uma constelação sobe, a outra se põe. Ele é visto perseguindo Orion pelo céu durante o ano. Orion pode caçar pacificamente no inverno, mas com a chegada da primavera, Escorpião surge perseguindo Orion no céu. O antigo grego Skorpios englobava originalmente duas constelações – Escorpião formou seu corpo e Libra suas garras.
Deusa Serket
Também conhecida como Serquet, Selket, Selqet ou Selcis.
É uma deusa da fertilidade, natureza, animais, medicina, magia e cura de picadas e mordidas venenosas na mitologia egípcia, originalmente a deificação do escorpião.Sua vida familiar é desconhecida, mas às vezes ela é creditada como filha de Neith e Khnum, tornando-a irmã de Sobek e Apep.
Picadas de escorpião levam à paralisia e Serket a chama assim, pois significa “descreve (ela que) aperta a garganta”; no entanto, o nome de Serket também pode ser lido como significando “(ela que) faz com que a garganta respire”, e assim, além de ser visto como ferroando os injustos, Serket era visto como alguém que poderia curar picadas de escorpião e os efeitos de outras venenos como picadas de cobra.
Na arte do antigo Egito, Serket foi mostrado como um escorpião (um símbolo encontrado nos primeiros artefatos da cultura, como de Naqada III) ou como uma mulher com um escorpião na cabeça. Embora Serket não pareça ter templos, tinha um número considerável de sacerdotes em muitas comunidades.
Uma das espécies mais perigosas de escorpião, o Deathstalker (Leiurus quinquestriatus) reside no norte da África, e sua picada pode matar, então Serket era considerada uma deusa muito importante, e às vezes ela era considerada pelos faraós como sua patrona. Sua estreita associação com os primeiros governantes implica que ela era sua protetora, principalmente Escorpião I e Escorpião II.
Como o veneno protetor e mordida de cobra, Serket muitas vezes foi dito para proteger as divindades de Apep, a grande cobra-demônio do mal, às vezes sendo descrito como o guarda quando Apep foi capturado.
Deusa Serket (na direita, no Templo Edfu).
Escorpiões na bruxaria
Escorpião é um animal de locais áridos como desertos, sendo bastante resistentes. Eles também inspiram luxúria, sexo, medo, poder, doença e morte em muitas culturas.
Na teogonia rapsódia, Perséfone é raptada por Hades quando estava bordando a constelação de escorpião, que também simbolizava o inverno.
Diferentes aspectos dos escorpiões que podem ser evocados na bruxaria moderna, entre eles:
Animal de poder;
Familiar;
Associação com divindades;
Magia sexual;
Auxílio em maldições;
Vivem em cavernas e cemitérios, as entradas do submundo;
Referências
Amabis, J. M. & Martho, G. R. Biologia, Volume 2. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2004.