O porco doméstico é da espécie Sus scrofa domesticus é um mamífero da família Suidae que evoluiu a partir do javali selvagem.
São animais onívoros, porém no digerem muito bem alimentos com celulose.
Porcos adultos podem ter entre 100 e 500 kg, viver entre 15 e 20 anos, possui gestação de cerca de 114 dias (16 semanas), amamentação de 2 a 3 meses e podem ter em média 1,5 m de comprimento.
Exploração comercial de porcos
A carne suína é a fonte de proteína animal mais consumida no mundo, sendo praticamente o dobro da carne bovina.
Os maiores produtores de carne suína são China (50% da produção mundial), União Européia (22% da produção mundial) e Estados Unidos da América (10% da produção mundial). Os demais países ficam com cerca de 19% da produção mundial de carne suína.
A produção industrial de porcos tem sido um grande debate nos fóruns de direitos dos animais e nos comitês de ética animal. As questões mais debatidas incluem o tamanho das celas que impedem qualquer movimentação dos animais, superlotação, sujeira, mutilações e doenças de mentais e físicas. Além do abate doloroso, por eletronarcose ou câmaras de gás.
Os porcos criados para fins comerciais continuam tendo uma vida tediosa e uma morte dolorosa ainda muito jovens.
Curiosidades sobre os porcos
Leitão é o porco na fase filhote, ainda amamentando.
O coletivo de porcos é vara.
Por não ser uma espécie nativa, é permitido o abate e a caça de javalis no Brasil.
Porcos demonstram ser animais muito inteligentes, demonstrando alta capacidade de aprendizagem como aprender a jogar videogame.
Muitos estudos biomédicos utilizam porcos como espécie modelo. A autorização do uso de porcos passa por um comitê de ética para avaliar a necessidade do uso dos animais para evitar a crueldade e uso indevido de animais na pesquisa.
Algumas religiões proibem o consumo de carne suína, como os judeus, muçulmanos e adventistas. No Antigo Testamento da bíblia cristã, também se proíbe o consumo da carne de porco. Levítico 11:7, diz: “Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas , mas não rumina, este vos será imundo”.
Sacrifício de porcos na Grécia Antiga
A criação de porcos era uma atividade econômica importante na Grécia micênica. Na Odisseia é mencionado no canto 14, que Eumeu, o guardador de porcos de Ulisses, entre os escravos era seu homem de confiança. O cargo, consequentemente, também deve ter sido de grande importância na época.
Seria um ponto natural que, antes da agricultura dos cereais ter adquirido uma importância maior, os porcos fossem símbolo de riqueza, abundância, como fonte de vida, mais ainda por serem animais extremamente férteis eles próprios.
Eles eram considerados uma oferenda votiva pra os deuses, quando eles não preferiam boi ou galinha. Como a carne era mais rara que os vegetais, os animais sacrificados eram parte queimada para os deuses e outra parte preparada e consumida pelos membros do ritual.
O animal só era sacrificado por inteiro aos deuses quando se tratava de um animal pequeno como leitões ou uma única galinha.
Os porcos são comumente encontrados em rituais com e para mulheres como símbolo de fertilidade cultural, pessoal e agrícola.
Uma explicação para a associação de Perséfone com os porcos é a presença do semi-deus Eubouleus. Nos mitos de Elêusis e argivos, Eubouleus era o irmão pastor de porcos de Triptolemos, cujos animais foram engolidos pela terra quando Haides capturou Perséfone. Eubouleus foi ocasionalmente retratado na arte antiga entre as divindades dos Mistérios de Elêusis, onde ele aparece como um jovem segurando uma tocha de Elêusis.
No terceiro dia dos ritos maiores, Hiereia Devro, dia 17 do mês Boedromion, era o dia de sacrifícios a deusa Athenas, onde os iniciados levavam leitões para o mar de Phaleron ou Peiraieus, se banhavam e lavavam os animais. Cada iniciado sacrificava um leitão em seu próprio nome.
O sacrifício de animais para fins religiosos é algo que deve ser respeitado, mas não é uma prática obrigatória na bruxaria. Portanto, existem alternativas para evitar esse ato.
Se você se alimenta de carne suína, uma alteranativa é fazer uma refeição com a sua carne em honra aos deuses.
Para os veganos e vegetarianos, uma alternativa é ter uma imagem de porco representando ele ou um desenho.
Participe de debates sobre ética no uso de animais para a pesquisa, lute contra empresas que criam porcos em situações insalubres e busque se informar. Evitar o consumo é uma forma eficiente de diminuir a demanda por esse tipo de comércio.
Referências
Gervásio, E. W. Carne suína: fatores determinantes para o consumo. Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção do título de pósgraduado em Agronegócio no Curso de Pós-graduação em Agronegócio do dep. de Economia Rural e Extensão, Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, 2012.
Croney, C. C., & Boysen, S. T. (2021). Acquisition of a Joystick-Operated Video Task by Pigs (Sus scrofa). Frontiers in Psychology, 12, 142.
Bergen, W. G. (2022). Pigs (Sus Scrofa) in biomedical research. Recent Advances in Animal Nutrition and Metabolism, 335-343.
Murphy, E., Nordquist, R. E., & van der Staay, F. J. (2014). A review of behavioural methods to study emotion and mood in pigs, Sus scrofa. Applied Animal Behaviour Science, 159, 9-28.
Donovan, P. Porco Selvagem em Atenas AEC! O papel dos porcos na vida social e religiosa fornece insights sobre a Grécia Antiga. Quanto pode apenas um traço nos dizer sobre uma cultura? Pergunte ao porco grego antigo. Disponível em <https://www.buffalo.edu/news/releases/2000/08/4837.html> Acessado em 25/03/2022.