Sálvia (em grego: φασκόμηλο, transl. Faskomilo e do latim “salus”, significando salvar ou saúde) para os gregos era uma erva sagrada que evitava a morte e trazia a imortalidade.
Ela era queimada em santuários gregos para limpeza da mente e favorecer a clarividência.
Os romanos acreditavam que ela era a cura de todas as doenças.
Existem muitas espécies do gênero “Salvia“, com uma variação de flores e formatos. No contexto do paganismo, as mais comuns é a Salvia-comum, usada na culinária, e a Sálvia-branca muito utilizada em defumações de povos indígenas na américa.
Ácido rosmarínico, flavonóides, taninos, substâncias estrogênicas, ácido clorogênico e labiático, saponinas, resinas e mucilagens.
Usos medicinais
Ação anti-oxidante, proteção contra doença neurodegenerativa, restauração de memória, anti-inflamatória, anti-tumoral, alivia problemas digestivos.
Trata alterações na garganta como tosse e catarro.
Excelente para pessoas com problemas respiratórios e pessoas que trabalham com a voz.
Proibido para gestantes, lactantes, cardiopatas, nefropatas, doentes do sistema nervoso central, portadores de tumores ou dependentes de hormônios (anticoncepcionais, por exemplo) e em crianças.
Nem todas as espécies de Sálvia são para uso interno. Fique atento na espécie que está utilizando.
Receitas:
Chá por infusão de 20 g de folhas verdes por litro de água ou 1,5 g por xícara de água;
Para indigestão (dispepsia) e formação de gases, uma xícara de chá após as refeições.
Para garganta inflamada: gargarejos com chá de sálvia morno. Para aumentar ainda mais a ação, acrescente uma colher de chá de vinagre por xícara.
Para aliviar a coceira nas picadas de insetos e a dor de feridas na pele: compressas com pano umedecido em chá de sálvia sobre o local atingido.
Usada como antimicrobiano para higiene bucal, usado em aftas ou para lavagens íntimas.
Fazer inalação com chá concentrado para auxiliar em problemas respiratórios.
Salvia officinalis em ilustração botânica.
Correspondências
Gênero: Masculino
Planeta: Júpiter
Elemento: Ar
Tarot: Eremita, Grã-Sacerdotisa, Sumo-sacerdote
Clarividência, purificação, proteção, longevidade, sabedoria e cura.
Usos mágicos
Cozinha mágica:
Sabor levemente apimentado e amargo.
Manteiga aromatizada com sálvia, pimenta, sal e alho para molho de macarrão ou carne.
Sálvia a milanesa tem sabor similar ao peixe.
Boa para sopas e caldos com vegetais, queijos ou proteínas.
Outros usos:
Planta em natura;
Defumação com as folhas ou uso em incensos;
Banho mágico com o chá das folhas;
Vestir a vela com a erva seca;
Sachê com folhas para usar como amuleto;
Óleo essencial na aromaterpia ou produtos estéticos.
Referências
Couto, M. E. (2006). Coleção de plantas medicinais, aromáticas e condimentares. Embrapa Clima Temperado, p. 91.
Sharma et al., (2019). Ethonobotany, phytochemistry, cultivation and medicinal properties of Garden sage (Salvia officinalis L.). Jpurnal of pharmacognosy and phytochemistry, 8 (3): 3139-3148.
Garbin, (2006). Ação do extrato hidroalcoólico de Salvia officinalis (Linneu 1753) sobre a musculatura lisa vascular e não vascular. Trabalho de conclusão de curso. Departamento de Farmacologia, do Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná.