Como era chamada a Grécia na Antiguidade, fruto da união das póleis.
Helenos
Em grego: Έλληνες, transl.: Éllines, “helenos”.
Nome dado a comunidades que tinham o grego como língua.
Originalmente, apenas uma pequena tribo na Tessália era chamada de helenos, mas a palavra logo se estendeu ao resto da península e passou a representar todo o povo grego.
Pólis
Eram cidade-estado, ou seja, uma cidade independente, com governo próprio e autônomo, economicamente autossuficientes e com seus próprios cultos religiosos.
É uma denominação comum na Grécia Antiga.
Plural de pólis: póleis.
Exemplos: Tebas, Atenas e Esparta.
Helenístico
É um período da história da Grécia, que ocorreu entre os séculos III e II AEC. Ocorreu entre a morte do Alexandre Magno, Alexandre, o Grande, ou Alexandre III da Macedônia (356-323 a.C.) até o crescimento do Império Romano.
Após a morte de Alexandre, o Grande, os seus sucessores começaram a dividir o Império da Macedônia entre si.
O mundo helenístico é um resultado da integração de práticas do mundo bárbaro (não grego) e o mundo helênico (grego) a partir do Império formado por Alexandre Magno.
Helenismo
Em grego: Ἑλληνισμός.
Conjunto cultural dos helenos.
Também chamado de Hellenismos, Paganismo Helênico, Politeísmo Helênico, Neopaganismo helênico e Dodekateísmo (se referem ao culto dos 12 deuses olimpianos como pilares da religião).
Reconstrucionismo Helênico
Método pós-moderno que visa resgatar as práticas religiosas da Grécia Antiga e fazer adaptações dessas práticas na atualidade.
A religião grega é essencialmente politeísta e animista. O culto envolvia deuses, semi-deuses e heróis.
Não existiam dogmas ou um livro sagrado do qual os fiéis devessem acreditar.
A finalidade do culto era pedir proteção e fartura para a família e para a cidade em suas práticas, atividades pessoais ou sociais.
As narrativas que explicavam fenômenos naturais, aventuras de heróis ou divindades eram transmitidos oralmente através dos mitos.
Devido ao imperialismo grego, conflitos políticos e guerras, suas crenças religiosas passaram por muitos processos de sincretismo onde eram absorvidas práticas dos povos conquistados.
Apesar da sociedade grega ser patriarcal, as divindades femininas eram respeitadas da mesma forma que os deuses masculinos. Também era comum existirem sacerdotisas.
A religião grega tem como característica o antropomorfismo, onde suas divindades possuem forma, virtudes e defeitos humanos. Não havia uma rígida regra moral seguida pelos deuses. Eles não eram onipresentes, onipotentes e nem oniscientes.
A primeira geração de olimpianos eram filhos de Cronos e Réia: Héstia, Deméter, Zeus, Poseidon e Hades;
A segunda geração de olimpianos eram filhos de Zeus e Hera: Ares, Afrodite, Apolo, Ártemis, Hefaístos, Atena, Hermes, Dionísios.
Eles habitavam o Monte Olimpo, exceto Poseidon e Hades. No Olimpo, os deuses se alimentavam de ambrosia, o famoso manjar dos deuses.
Os heróis mais famosos entre os gregos: Perseu, Jasão, Teseu, Édipo e Hércules.
O culto doméstico tinha papel fundamental na religião grega.
Toda família possuía seu culto em seu lar (“oikos”), onde o pai exercia as funções de sacerdote.
Existiam o culto a diferentes deuses nas casas gregas, mas incluía principalmente Héstia, Zeus Ktésios, Zeus Erkeios e os limites da casa eram protegidos por Hermes, Hécate e Apolo Agyieus.
As transições como nascimento, juventude, casamento e funerais eram acompanhadas de cerimônias sagradas.
Os elementos principais usados na casa eram a lareira com o fogo sagrado em honra de Héstia e os altares.
Os altares tinham basicamente uma tigela para purificações, o incensário, velas e um recipiente para libações (se o altar fosse na parte externa da casa, eram feitas direto ao chão).
Culto cívico
A vida pública das cidades sofria grande influência da religião. Todas as cerimônias públicas eram precedidas por práticas religiosas.
Cada cidade tinha sua grande festa religiosa e suas divindades regentes.
Existiam muitos templos dedidados a uma divindade ou a um grupo de divindades e recebiam multidões de toda a Hélade.
Os helenos também possuíam o hábito de consultar os deuses através de oráculos. Um exemplo famoso é o Oráculo de Delfos, onde sacerdotisas de Apolo (pitonisas) entravam em transe ao aspirar odores que vinham das rochas e os sacerdotes interpretavam.
O calendário heleno incluía festivais mensais e anuais para homenagem as suas divindades.
Existiam grandes jogos para homenagear os deuses dos santuários, são eles: ístmicos, neméios, píticos e olímpicos.
Existiam grandes números de adeptos ao Orfismo e aos Mistérios (o mais famoso ocorria em Elêusis na Ática).