A fotografia pós-morte ou fotografia post-mortem é a arte de fotografar os mortos.
Essa prática acontecia na Era Vitoriana. O primeiro registro fotográfico data da primeira metade do século XIX, em 1826.
Ao longo dos anos de 1800, o serviço fotográfico foi muito caro e o processo era lento, já que as câmeras demoravam muito tempo para capturar a imagem, portanto, sendo considerado luxo.
Era uma maneira barata que as pessoas que não tinham muitos recursos em imortalizar seus entes queridos mortos, principalmente as crianças.
Em 1839 surgiu uma técnica conhecida como daguerreótipo, criada por Louis Daguerre, que socializou em partes a produção de fotos, através de uma técnica mais barata e mais rápida. Entretanto, ainda sim era cara o suficiente para impedir que as pessoas pudessem tirar várias fotografias de si e da família ao longo dos anos, restando apenas a estratégia de guardar dinheiro para que, pelo menos, fosse possível pagar por uma foto de seu familiar após a morte.
A taxa de mortalidade infantil era significativamente alta nesse período e as fotografias post-mortem eram geralmente as únicas fotografias que uma criança teria.
Os corpos eram colocados em posição natural como sentado em uma cadeira, sofá, ou no colo de alguém com o rosto tampado. Os olhos das crianças eram abertos para simular que estavam vivas ou eram colocadas em uma cama como se estivessem em sono profundo.
As imagens eram vistas com naturalidade no século XIX e carregavam sentimentos de saudade.
Na história do Reino Unido, a era vitoriana foi o período do reinado da rainha Vitória (nome completo: Alexandrina Victoria), de junho de 1837 até sua morte em janeiro de 1901. Localiza-se entre o período georgiano e o eduardiano, e a sua segunda metade coincide com o começo da Belle Époque na Europa continental. Alguns estudiosos poderiam estender o início do período à aprovação do Ato de Reforma de 1832, como a marca do verdadeiro início de uma nova era cultural.
Foi um longo período de paz e relativa prosperidade para o povo britânico, também conhecido como Pax Britannica, com os lucros adquiridos a partir da expansão e domínio do Império Britânico no exterior, bem como o auge e consolidação da Revolução Industrial e o surgimento de novas invenções.
Tudo isso permitiu que uma grande e instruída classe média se desenvolvesse. Dos grandes nomes do pensamento moderno foram forjados na época: Charles Darwin e Sigmund Freud. Apesar dos seus impulsos de modernização na ciência, no mergulho do indivíduo e na dinâmica econômica, esta Era foi marcada também por rígidos costumes, moralismo social e sexual, fundamentalismo religioso e exploração capitalista.
Ao final do século, as políticas do novo imperialismo levaram ao aumento de conflitos coloniais e posteriormente, à Guerra Anglo-Zanzibari e a Guerra dos Bôeres na África. Internamente, a política se tornou cada vez mais liberal, com uma série de mudanças graduais na direção de reformas políticas e ao alargamento dos direitos do voto.
Durante a era vitoriana, a população da Inglaterra quase duplicou, passando de 16,8 milhões em 1851 para 30,5 milhões em 1901. A população da Irlanda diminuiu rapidamente, de 8,2 milhões em 1841 para menos de 4,5 milhões em 1901.
No início da era vitoriana, a Câmara dos Comuns foi dominada por dois partidos, os whigs e os tories. A partir de 1850, os whigs são chamados de liberais e os tories ficaram conhecidos como conservadores. Ambas as partes foram lideradas por estadistas proeminentes, incluindo lorde Melbourne, Sir Robert Peel, lorde Derby, lorde Palmerston, William Gladstone, Benjamin Disraeli e lorde Salisbury.
Em 1901, com a morte da rainha Vitória e a ascensão de Eduardo VII, iniciou-se a era eduardiana.